Valério foi sepultado às 10h30 no Cemitério Municipal Santa Isabel, no Portinho, sob aplausos
Sob aplausos, acaba de ser sepultado, por volta das 10h30, o corpo de Valério Albuquerque Melo Filho, de 32 anos, o soldado da Polícia Militar que foi morto em um assalto na tarde desta quinta-feira (3), no km 55 da Via Lagos
(RJ-124). Amigos, parentes e PMs lotaram a capela mortuária do Portinho
durante o cortejo. Ele foi lembrado como alguém amigo, alegre e muito
dedicado à família e à corporação a qual serviu por quase quatro anos.
Amigos fizeram questão de carregar o caixão até o Cemitério Santa
Isabel.
Valério foi morto trabalhando na folga
como policial. Ele receberia R$ 300 para transportar R$ 6 milhões em um
veículo de passeio da Expert, empresa de transporte de valores. O último
serviço, com o Terror da Bandidagem, foi na quarta-feira. Entre os
flagrantes, o furto de R$ 27 mil em celulares de uma loja no centro de
Cabo Frio
"Não existe super herói na
polícia. Tragédias como essa acontecem em qualquer família. Ele estava
de folga da PM, mas estava trabalhando pela família. É muito triste.
Trabalhei a madrugada de quinta-feira (3) e horas depois de deixar o
serviço uma notícia dessa. Conheci Valério quando ele ainda era
frentista num posto gasolina. Mesmo com o pouco tempo de polícia,
perdemos um dos melhores. Admitido que ainda não vê um substituto à
altura" disse o subtenente Mauro Bernardo. "Para nós, ele não morreu",
completou.
Amigos e combatentes nos quase
quatro anos que Valério se dedicou à Polícia Militar lembram que ele
mantinha o bom humor, mesmo depois de situações extremas e não era
necessário muito tempo para chamá-lo de amigo.
"Uma
pessoa fácil de gostar. Não precisava de muito. Em minutos você já se
sentia amigo dele", conta o sargento Paulo Henrique, o PH, que também
já compôs a mesma equipe do Valério.
"Um grande
amigo. Um grande profissional. Policial integro, corajoso. Um homem nos
moldes de que a sociedade precisa. É a sociedade quem mais pede", disse
o cabo Duarte que estava com ele na última operação dele como policial.
O
comandante do 25 BPM, tenente-coronel Ruy França, que participou do
cortejo do soldado, lamentou a perda do agente. Mesmo que de folga, o
crime revela o risco que o policial militar está sujeito a qualquer
momento.
"É muito triste o que aconteceu. Nós,
policiais, estamos sujeito a esse risco mesmo na folga. É muito comum
que agentes trabalhem em suas folgas para complementar a renda em
serviços relacionado à segurança. A preocupação da Polícia Militar,
agora, além de localizar esses criminosos, é de garantir que a família
não fique desamparada, pois sei da dedicação que Valério tinha por
eles", comentou o coronel França.
Antes de ser
policial, Valério já demonstrava o combatente que seria. Era vigilante
da Expert – empresa para a qual prestava serviço quando foi morto – e há
aproximadamente 10 anos, praticava paintball. Os amigos da equipe TNT, à
qual pertencia, lembram da importância e do caráter do soldado.
"Uma
das coisas que ele mais gostava era o paintball. Tão dedicado à
profissão que, nas horas vagas, usava o esporte para praticar
habilidades táticas. Quando ele não ia, fazia muita falta. Ele era um
dos melhores da equipe. Talvez o esporte posa tê-lo motivado a entrar
para polícia", lembra Jorge Alemão, da TNT Paintball.
A
simpatia de Valério ia além do militarismo. Policiais civis também
participaram do cortejo. O comissário Salles lembra dele como um agente
dedicado e garante que a Polícia Civil de toda Região dos Lagos está
empenhada em contribuir com a investigação que está a cargo da Delegacia
de Roubos e Furtos (DRF), com sede no Rio de Janeiro, devido ao alto
valos.
"Esteve com ele na quarta-feira (2), um
dos últimos flagrantes, era uma pessoa amiga, bom policial e muito
dedicado. Muito atuante, mesmo com o pouco tempo de polícia. sacrificava
a folga por algum erra pela família. Rotina comum na polícia. Muito
lamentável. Todas as delegacias da região estão trabalhando para
levantar essa autoria", disse o comissário Salles, destacando a
importância da população contribuir utilizando o disque-denúncia ou a
delegacia mais próxima.
Valério Albuquerque Melo Filho, era
casado e deixa uma filha de 13 anos. Chegou a receber duas homenagens da
Polícia Militar pela bravura e combatividade a serviço da corporação.
"Não existe super herói na
polícia. Tragédias como essa acontecem em qualquer família. Ele estava
de folga da PM, mas estava trabalhando pela família. É muito triste.
Trabalhei a madrugada de quinta-feira (3) e horas depois de deixar o
serviço uma notícia dessa. Conheci Valério quando ele ainda era
frentista num posto gasolina. Mesmo com o pouco tempo de polícia,
perdemos um dos melhores. Admitido que ainda não vê um substituto à
altura" disse o subtenente Mauro Bernardo. "Para nós, ele não morreu",
completou.
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