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Vereadores discutem Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2015. Docentes estão em greve desde o dia 12.

Professores municipais do Rio vão à Câmara para acompanhar audiência


(foto: Daniel Silveira/G1)



Professores da rede municipal de ensino do Rio acompanharam, na manhã desta sexta-feira (23), uma audiência pública de discussão do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2015 na Câmara Municipal, no Centro. Em greve desde o dia 12, os docentes protestavam pacificamente por volta das 11h30.
A apresentação do projeto à Comissão Permanente de Finanças, Orçamento e Fiscalização Financeira foi feita pela secretária municipal de Educação, Helena Diniz Bomeny.
Até as 10h30, apenas uma das galerias do plenário era ocupada pelos professores, que acompanhavam a apresentação em silêncio. Posteriormente a outra também foi ocupada. Uma docente erguia um pequeno cartaz que dizia: "Mentira! Esses projetos são uma falácia".
A LDO, segundo a Câmara Municipal, detalha prioridades e metas da administração pública, com equilíbrio entre receitas e despesas; além de normas sobre o controle de custos e a avaliação dos resultados financiados pelos recursos do governo.
(foto: Daniel Silveira/G1)
Os professores que acompanham a votação se exaltaram quando o o vereador Professor Uoston elogiou a atuação da ex-secretária municipal de Educação, Claudia Costin, "que é uma excelente profissional e fez um belíssimo trabalho". Os docentes vaiaram e gritaram que o vereador não estava em plenário para defender a educação.
O elogio proferido pelo vereador à ex-secretaria depois de o vereador Jefferson Moura apresentar uma série de questionamentos à atual secretária sobre o uso da verba do orçamento da pasta, definido na gestão de Coutinho. Moura destacou que cerca de R$ 300 milhões do orçamento da educação são destinado ao pagamento de serviços terceirizados por empresas de gestão pública, como a Comlurb, a Iplanrio e a Guarda Municipal.
Protesto travou trânsito na quinta
Na quinta-feira (22), a manifestação pacífica de professores causou grandes engarrafamentos em Laranjeiras e Botafogo, provocando reflexos do Centro até outros bairros da Zona Sul. Os ativistas – tanto da rede estadual quanto da municipal – foram do Centro ao Palácio Guanabara, sede do governo do estado, e ao Palácio da Cidade, sede do poder municipal.
O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe) informou que a adesão à greve é de 50%, mas a Secretaria de Estado da Educação disse que apenas 246 docentes não estão trabalhando, de um total de 75 mil. Já segundo a prefeitura, entre os mais de 42 mil professores da rede municipal, apenas 77 não deram aula na quinta-feira.
A passeata
Após decidir em assembleia manter a greve iniciada no dia 12, cerca de 400 professores das redes municipal e estadual do Rio saíram em passeata. A decisão pela permanência da paralisação foi tomada no Clube Hebraica.
De acordo com o Sepe, os governos estadual e municipal não atenderam às reivindicações acertadas na greve do ano passado, que durou 70 dias. A próxima assembleia ocorrerá no dia 30.

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